terça-feira, 12 de agosto de 2014

Terminal

E de repente bateu aquela velha sensação que se ouve falar por toda parte, de se estar sobrando em meio a sorrisos, vozes e olhares
Eu tenho um vazio que não sei explicar bem de onde vem, também não há o que explicar quando não há nada, é só um vazio e é muito
Nasci devendo a vida e a gente nunca sabe o tempo que tem, não se sabe o que fará e o que o tempo vai nos deixar fazer
Eu que achava me possuir por inteiro, não tenho conseguido me dominar, nenhum sentido, nenhum pensamento, durante meu tempo inteiro
Mal sei o que é o bem
Pareço estar dentro de uma cabine de comandos sem os comandos,  sem radar, sem nada, só uma janela de onde avisto acontecimentos que não agradam, há sempre algo para ser mudado que não muda
Me perco assistindo algo que mal sei se escolhi ver
Me fecho tão em mim que todos me esquecem, não mais existo para ninguém.
Sozinho, passo a compreender que realmente amei as pessoas que mais odiava
Assim conheci a incerteza do amor, um pouco mais alto e mais solitário do que nunca
No fim e é sempre no fim que as respostas nos cercam, quando não nos servem para mais nada.

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